terça-feira, 16 de junho de 2015

Conhecendo Paraty - RJ (junho/2015)

Um ano cheio de feriados e pouco dinheiro. O jeito é ficar por perto mesmo.
O sr. Namorado e eu queríamos ir até Porto Alegre tomar sorvete de graviola no Mercado Municipal, entretanto as passagens estavam muito caras. Assustada com a diferença do preço dos voos por causa do feriado comecei a procurar novos destinos, tendo em mente que o transporte teria que ser feito de carro. Sugeri Paraty, namorado aceitou. Compramos as passagens de ida por R$68,30, e as de volta por R$67,30 (cada).

Passagem marcada para sair as 23h do terminal Tietê no dia 03/06/2015. Felizmente conseguimos uma carona e chegamos antes do guichê da Reunidas fechar (22h30). O ônibus atrasou uns 20 minutos, mas era confortável, então não liguei.
Infelizmente não consegui dormir, o pneu furou e tivemos que esperar no meio da madrugada, no meio do nada, mais de uma hora para outro ônibus (que não cheirava muito bem...) nos buscar, enfim. Não fiquei muito feliz com o caminho de ida. Deveríamos ter chegado em Paraty às 4h40, mas chegamos perto das 6h30.
Dos males o menor, estava claro e a cidade já "funcionava".
Quando vimos o preço do pão de queijo na pequena rodoviária ficamos felizes em ter levado lanchinho de casa (pobre mode on! hahaha). Melhor então caminhar até o hostel e comer encostado por lá.

Escolhemos ficar no Paraty Hotel (http://www.paratyhotel.com.br). Reservamos pelo booking, pagando R$390,00 por 3 diárias. A localização não podia ser melhor! Uns 5 minutos da rodoviária, uns dois da cidade histórica. Restaurantes por todos os lados, quase em frente ao açougue (o que é um ponto positivo porque ele fica aberto até bem tarde e vende cerveja...rs), o lugar parece absurdamente seguro.
O hotel funciona também como agência de turismo (Eco Turismo Paraty), e a recepção funciona 24h.
Os preços dos passeios são muito justos, dos mais baratos da cidade

Quando chegamos a internet não estava funcionando, então o funcionário não conseguia ver em que quarto havíamos sido alocados. Ligou para o dono, Ross, e pediu que aguardássemos. Pouco tempo depois o Ross chegou, e perguntamos a ele se teria como fazer check in mais cedo. Ele pediu para esperarmos o funcionário da manhã chegar. Bom, quase resumindo, fizemos check in bem mais cedo (o normal é as 14h, entramos no quarto as 8h mais ou menos), e não nos cobraram nada por isso!

Sobre o hotel: quarto pequeno, sem tv, com ventilador. banheiro bem pequeno também. A cama um pouco dura (colchão muito fino). Bem limpo. Achei ótimo para o que precisávamos. Como não estava muuuito calor, foi super tranquilo. O café da manhã é simples: pão de forma e francês, um bolo, duas frutas, 3 tipos de suco, presunto, queijo, mortadela, café, leite e chá. Tudo a vontade. Ótimo. Funcionários super simpáticos, principalmente o Wescley.

Para começar o passeio bem relaxados, resolvemos tirar uma soneca. 
Acordamos perto das 13h e fomos direto procurar o ponto de informação turística. Perto da entrada da cidade história, perto de uma sorveteria.

De lá cruzamos pro outro lado do rio. Passamos pela praia (de tênis! haha), vimos algumas coisas e voltamos. De volta a cidade histórica,  entramos na Cachaçaria Cana Caiana, na Rua do Comércio, n. 100 (não foi a primeira que entramos, nem a última, mas recomendo). Para nossa agradável surpresa lá tem cerveja gelada, copos e mesinha, um amor! A funcionária foi super simpática, tomamos umas duas cervejas, compramos outra, encontramos uma cenoura feliz, provamos um petisco, licores e cachaças.


Depois de passear mais pela cidade, bateu aquela fominha. Passamos pelo hostel, deixamos nossas coisas e fomos jantar. Tinha lido sobre uma esfiharia e fiquei super curiosa (coisa de gordo mesmo...rs). Lá fomos nós. Emirados Esfiharia (http://www.emiradosesfiharia.com.br). 
Preço justo, comida boa, carta de cervejas. Das esfihas que provei recomendo muito a de alho poró com queijo, a de carne com manjericão, a de carne com coalhada seca. A de queijo com alho infelizmente não tem gosto de alho. O kibe não é lá grande coisa. Não pegamos fila porque era cedo (umas 18h acho). Depois a casa lota, mas a fila até que vai rápido.


Voltamos à cidade histórica. Feriado religioso, dia de procissão. Foi legal assistir. Durante a tarde as pessoas prepararam as ruas, fizeram aqueles desenhos com serragem por onde os fiéis iam passar a noite. 

Fugindo um pouco da procissão acabamos na Rua Dona Geralda. Que sorte a nossa! Encontramos sem querer o Atelier Xaxá. A Xaxá é super simpática, e faz um trabalho lindo lindo, tudo com cerâmica plástica. Nos mostrou umas garrafinhas que estava fazendo sob encomenda e ficamos encantados.
Na dúvida entre pedir ou não alguma coisa por encomenda fomos dar mais uma volta. Acabamos decidindo comprar duas garrafinhas e um copo e pedir pra Xaxá fazer. infelizmente quando voltamos ao atelier já passavam das 20h30, e estava fechado.

De volta ao hostel, cerveja de boa noite. Bom, pelo menos essa era a ideia. acabamos conhecendo o Jonh, pai do Ross. 10 anos no Brasil, não fala português. Muito gente boa, se gostar de você...rs. Ficamos conversando até tarde, ele nos pagou uma breja, compramos outra. Decidimos ir até o açougue tomar mais uma, e aí conhecemos dois franceses. Um falava português e o outro espanhol. Ficamos um tempo conversando com eles, tomamos mais algumas. Eles iam pra uma balada, nós não estávamos fazendo nada, sabe como é...
No meio do caminho do tal balada encontramos um casal não casal. A Patricia e não lembro o nome dele. Coincidentemente eles estavam procurando a tal balada, então fomos todos juntos. 
Ficamos lá até umas 3h, depois paramos na praça com pessoas que não conhecíamos, tomamos mais uma, batemos papo, o namorado comeu um lanche e fomos dormir, finalmente.

Não é espanto algum que acordamos tarde. Fomos direto procurar o que almoçar. Os preços da cidade não são muito convidativos, mas logo na esquina do hostel está o Amarelinho. Comida popular, 29.99 o quilo. Odiei a linguiça, purê de bata sem graça, o resto estava honesto.

Descansamos mais um pouco e voltamos à cidade histórica. Passamos no Atelier Xaxá e  encomendamos nossos artesanatos. Vizinho da Xaxá está o Atelier Aracati, onde o Marcelo faz arte em moedas antigas. Um trabalho que já conhecia, mas que sempre me encanta. 
De lá fomos até a Casa da Cultura. Uma graça também, vale a pena dar uma passada. Além do mais, tem banheiro e bebedouro.

Bom, dia 05/06 foi dia dos namorados para nós. Sim, adiantamos. É muito mais legal comemorar viajando. Passamos no hostel, banhamos, e fomos pro nosso jantar.
Escolhemos a Cervejaria Caborê (http://cervejariacabore.com.br). Eles tem 3 cervejas lá, Weiss, Pilsen e Malzibier. Essa última nos surpreendeu. A Weiss precisava de um pouco mais de corpo, mas é boa. A pilsen também precisava de mais corpo, mas era ok. O preço das cervejas era super justo, coisa de R$11,00 por 500ml. Para comer pedimos provoleta (R$20,00, uma delícia, 100grs), iscas de peixe (R$42,50, achamos pequena pelo valor), e filé aperitivo ao molho acebolado (R$42,50, também pequena, e com muito molho inglês).
Ficamos até a hora de fechar e fomos dormir.

No sábado pegamos o café da manhã, enrolamos um pouco e pegamos o ônibus das 12h10 para Trindade. Ele sai da frente do terminal, e custa R$3,40. Não vale mesmo fechar esse passeio com alguma agência. Dá pra ir mais cedo e ir pra todas as praias se quiser. Como não somos os maiores fãs da areia fomos mais tarde mesmo, sem correria.


Descemos no ponto final em Trindade. Pertinho tem gente dando informações turísticas e mapa, é tranquilo. Como tinham falado da piscina natural, e a praia da chegada (praia do meio) é muito lotada, decidimos seguir para a trilha. São 2km, mas isso inclui a praia do cachadaço, então não é tão cruel. Mas sim, as "escaladas" cansam, principalmente para sedentários como nós.
E pra falar a verdade, se eu soubesse exatamente como era a piscina natural teria ficado na praia do cachadaço mesmo. A água estava uma delícia, estava mais vazia que a tal piscina (que nem tinha tanto peixinho assim), tem quiosque (o que permite uma cervejinha, se estiver seguro de que não te atrapalhará na trilha de volta). Foi num desses que comemos nosso pastel de peixe de 30cm! haha.. vale experimentar.

Voltamos à Paraty, passamos no mercado para comprar água (aliás, bom saber.. o mercado fica basicamente atrás da rodoviária, chama Marcão) e fomos na Xaxá buscar nossas encomendas. Também passamos mais uma vez no Atelier Aracati e comprei meu colar novo. Eba!
Queríamos andar de bicicleta, mas estávamos cansados, começou a escurecer e a bicicletaria mais barata estava fechada.
Aproveitamos para jantar na Emirados (dessa vez com fila), tomar uma cervejinha no hostel mesmo, e dormir.

No domingo acordamos "cedo", tomamos café da manhã, buscamos nossas passagens, arrumamos as malas e fomos atrás de bicicletas. Infelizmente o lugar mais barato estava fechado de novo, então pegamos o mais caro mesmo (na Paraty Tours). Como era só uma hora mesmo não foi grande coisa. R$10,00 cada bike pela hora.
Começamos andando pelas ruas mais calmas da cidade, pro namorado acostumar, mas as ruas são bem ruinzinhas. Com um pouco de insistência ele topou ir pra ciclovia, e aí foi uma maravilha.
Foi uma delícia, mas precisamos nos exercitar mais...rs.

Devolvemos as bicicletas, voltamos na nossa cahaçaria favorita para comprar os últimos presentes e tomar uma última cerveja. Perto da hora de ir embora corremos pro hostel, conseguimos tomar uma ducha (mediante gorjeta rs), passamos pela lanchonete Sandubas (esquina da rua da rodoviária com a rua do hostel. achamos que era tipo subway, mas era fastfood) e pegamos lanches para viagem. O ônibus já estava lá. Entramos, comemos e só depois o ônibus saiu.

A volta foi tranquila, poucos minutos de atraso na saída, paradas em lugares ruins (mas tinha banheiro, água tônica e toddynho, então tudo bem) e sem trânsito. Metrô até o Sacomã e taxi até a casa do namorado, por que era tarde e ficamos com preguiça. A taxista era ótima, 68 anos, 30 de taxi, quase sempre trabalhando a noite, um orgulho!






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